terça-feira, 17 de maio de 2011

Pequenos detalhes "um"

Caro leitor, prezado aventureiro impelido do amor, essas palavras são para alertar você sobre o fato de que: se você continuar chupando esse pirulito, o amor vai acabar matando você de solidão.



Nas minhas andanças pela vida, pelas ruas e pelos bairros, pelas festas de boate e pelas sociais dos amigos da faculdade de cinema do Rio de Janeiro eu pude perceber que há algo acontecendo com relação ao amor, você já deve ter percebido algo. Eu então resolvi por no papel minhas observações.



Lembro de minha infância, somente pelas tristezas e alegrias de meus relacionamentos, e posso enumerar estas fazes por garotas marcantes em minha vida, que surgiram num momento onde recebemos a informação de que devemos buscar alguém para ser feliz a vida inteira ao nosso lado.



Leitor, minhas aventuras iniciaram-se, devo informar, que anteriormente aquela fase em que os meninos odeiam as meninas. Nunca entendi o motivo deste ódio repentino, talvez Freud explique.... mas acredito que enquanto meus amigos corriam atrás da bola de futebol eu pensava porque não podíamos ficar perto das nossas belas antagonistas. Eu lembro da primeira menina que amei, seu nome era Luana e eu a conheci, quando me mudei para minha casa atual. O leitor deve se lembrar que na infância, quando chegava alguém no bairro, na escola, ou no prédio era logo motivo de sensação da turminha, que diante da novidade precisava apropriar-se da novidade que é uma pessoa diferente. A novidade atrai. Lembro que uma vez minha mãe disse que o desprezo também atrai, e foi assim que tudo começou, quando ignorei a primeira menina que me amou para ir atrás de quem não me amava.



Leitor, não quero desacreditá-lo nesse sentimento, mas quero mostrar que algo que o faz sofrer (ocasionalmente, salvo as pessoas que tem o "amor" correspondido ) não deve ser alimentado.



Lembro que chegei sendo a novidade da rua, passando direto ao topo da escala social do meu bairro. Lá as crianças brincavam desde quando eram bebes nas barrigas das mães, eram a segunda geração dos jovens daquela rua e eu chego para quebrar um padrão. Logo que cheguei à rua virei o escolhido dela, e logo que a conheci virei seu amigo. Naquela época eu não sabia, leitor das artes do amor, não sabia que ele tinha regras então tentei fazer o máximo para me aproximar dela. Cheguei, até a ficar amigo do irmão dela, que um dia me disse durante uma brincadeira e outra, que queria falar comigo, com estas curiosas e instigantes palavras "quero falar com tigo", seguido de : "um negócio da minha irmã...".



Para todo aventureiro do amor, as batalhas começam logo cedo, depois do C.A, quando as coisas realmente ficam difíceis e aprendemos com o tempo, que quando uma pessoal põe numa mesma frase as palavras: Quero, posso, tenho que te contar uma coisa e, posso falar com você depois da aula, seguidas de: (ou para uma): mulher amiga ou pessoa do sexo feminino ( no meu caso irmã dele), que se trata de algo amoroso.



É engraçado o modo como modificamos o amor de acordo com nosso sofrimento. O amor infantil é sem sofrimento inicial, pois ainda não o conhecemos, o amor juvenil é cheio de ressentimentos e o amor adulto não gosta de perder tempo.



Aguardem... o resto da história.